sábado, 25 de maio de 2013

Os discípulos de Jesus


O primeiro mártir do Cristianismo foi Estevão. Após a morte do Cristo, na sinagoga de Jerusalém, num debate com Paulo de Tarso, Estevão afirmou que as revelações de Moisés, e os ensinamentos do Templo judaico não eram definitivos; que elas teriam continuidade nos ensinamentos de Jesus. Numa grande reação dos judeus presentes, suas palavras foram consideradas uma blasfêmia Pelas leis do Sínodo deveria então ser apedrejado. Competia ao doutor em leis Paulo dar a ordem para ser atirada a primeira pedra.
   Após a morte de Jesus seus discípulos fizeram um trabalho de gigantes percorrendo todo o imenso império romano. Sempre retornavam à Jerusalém dando com isso justificativas aos que dizem que Jesus não teria morrido na cruz; que eles viriam ali buscar instruções com o seu mestre que se abrigaria entre os Essênios e teria vivido até os oitenta anos. Eram favorecidos pelas ótimas estradas com que contava no império.
   Dizer-se que os discípulos de Jesus eram pescadores ignorantes e analfabetos não minoriza o seu trabalho porque a localização aonde viviam, não era um interior fechado, mas um passagem comercial que ligava a Síria, Ásia Menor e Fenícia à Judéia no Sul. Assim, eles possuíam aquela esperteza, aquela visão cosmopolita de quem vive em região que recebe muita gente.

São Pedro.
 
   O primeiro discípulo de Jesus foi André que lhe trouxe o seu irmão Pedro. Foi a esses pescadores que Jesus disse: “Farei de vós pescadores de Homens”. Pedro foi logo após a morte do mestre reconhecido como o chefe do grupo Quando a Igreja estabeleceu o seu primeiro patriarcado em Antioquia, na Síria, Pedro ficou encarregado dele, por isto se diz que Pedro foi o primeiro papa da Igreja. Um ano após a morte de Jesus Pedro converteu muita gente na festa de Pentecostes. Se lembrarmos que Pedro era um pescador inculto compreendemos que só um grande entusiasmo à nova mensagem lhe daria tal poder de persuasão.
   Matheus chegou ao grupo mal visto por todos porque era um coletor de impostos para Roma. Mas Jesus foi firme lhes dizendo que não viera conviver só com os justos, mas também com os pecadores. Esta atitude dos discípulos mostra também a grande distância que havia entre a humanidade deles e a divindade de Jesus. Matheus escreveu depois o evangelho que difundiria o Cristianismo.
   João, que segundo o evangelho foi o único que realmente compreendeu o Cristo, desterrado depois para a ilha de Pátmos, ali escreveu o seu evangelho e também o Apocalipse. Era irmão de Tiago Maior. Foi o único que acompanhou Jesus até a cruz. A ele confiou Jesus a sua mãe. Seu evangelho destaca-se dos outros porque enfoca o aspecto espiritual de Jesus, o verbo feito carne. Foi também o único dos apóstolos que não foi sacrificado. Morreu em Éfeso na Ásia Menor.

São João Evangelista.
 
   Judas Tadeu pertencia à seita dos Galileus. Evangelizou varias regiões até à distância da Pérsia ,atual Irã. A seita dos Galileus uniu-se depois ao trabalho dos apóstolos.
   Tomé ficou conhecido pelo homem que precisava ver e tocar para crer.
   Tiago Menor, primo de Jesus, irmão de Judas Tadeu, dirigiu a escola cristã criada em Jerusalém.
   Tiago Maior evangelizou o norte da Espanha até Compostela, local hoje chamado de caminho de Santiago Morreu decapitado por Herodes.
   Bartolomeu foi até as distâncias da Índia.
   Judas Escariote A tradição diz que entregou o Cristo aos soldados romanos por trinta moedas. No entanto, no ano de 1970 numa caverna do Egito foi achado um manuscrito de 31 páginas de papiro do sec. IV. Ficou conhecido como o evangelho de Judas.Foi divulgado pela revista National Geografic e é motivo de acalorados debates dentro e fora da Igreja. Nele é afirmado que o próprio Jesus teria pedido a Judas que o entregasse Tal manuscrito teria sido escrita por uma seita cristã do início do Cristianismo chamada de Cainita, seita gnóstica, considerada herética pela Igreja. faz parte dos  chamados evangelhos apócrifos, não reconhecidos pelo Vaticano .Segundo este evangelho Judas não teria se enforcado como reza a tradição, mas sim fugido para meditar em desertos.
   Simão, o Zelote, era o psíquico do grupo. Convertia pelas curas e milagres que fazia.
   Felipe não era pescador.  Era aquele que introduzia o mestre em pessoas de classe mais elevada mais de Jerusalém. Foi o incansável ajudante de Paulo na Ásia Menor.
   Os discípulos que não conviveram com o Cristo foram Paulo, Marcos Lucas e Barnabé.
   Lucas era médico em Roma.  Impressionou-se, sobretudo pelos milagres feitos por Jesus.
  Marcos era discípulo de Pedro Se ocupou das congregações cristãs em Roma. Fazia reuniões em casas particulares e eram chamados de” discípulos do caminho” trabalhou depois em Alexandria onde formou a igreja copta (hoje uma Igreja Ortodoxa) trabalhou também em Veneza onde hoje se encontra a sua basílica.
Barnabé foi discípulo de Paulo. Grande propagador ,seu braço direito.
Finalmente temos Paulo, considerado por muitos como a maior figura na implantação do Cristianismo. Era natural da cidade de Tarso, na atual Turquia. Doutor em leis grande erudito e professor no Sínodo de Jerusalém. Foi de início uma voz importante do Sínodo contra os Cristãos. 25 anos após a morte de Jesus, se dá o encontro dele e o cristo e se transforma na figura principal para a implantação do cristianismo.  Lendo o livro Paulo de Tarso ficamos apaixonados por sua figura. Evangelizou principalmente a Ásia menor, atual Turquia. Pregou a nova mensagem no maior estádio da época, o areópago de Atenas onde só os grandes eruditos eram aceitos. A primeira grande divergência da Igreja se deu entre Paulo e Pedro. Este era um que judeu ferrenho nacionalista, como é a maioria os judeus, que não compreendia a mensagem universalista do Cristo. Pedro divergia sobre o modo de converter e batizar de Paulo. Achava que só os que eram circuncidados deveriam receber o batismo, então isto restringia a conversão apenas aos judeus ou aos que quisessem se converter ao Judaísmo.

Tiago Maior que deu nome ao Caminho
de Santiago de Compostela.
 
Quando Paulo afirmava que Jesus era um salvador para toda a humanidade e não só de Israel, tocava no orgulho nacional dos Judeus. Paulo teve que ausentar-se da Judéia para iniciar sua pregação. Paulo batizava a qualquer um que quisesse seguir o Cristo. Como Pedro era alguém muito amado na Palestina e pensava como os judeus, muitos deles não aceitavam o trabalho de Paulo. Acusavam-no de querer se igualar aos discípulos, parentes, e amigos que haviam convivido com o Cristo. Contudo, Paulo , um apaixonado pela  mensagem de Jesus, seguia fora da Judéia, convertendo  muita gente com a sua notável erudição. Fundou centenas de comunidades cristãs com sua formação grego-helenística mas muitas destas comunidades não foram reconhecidas pela comunidades de linha judaica . Para muitos judeus Paulo era um homem polido pela gnose e filosofia grega dos mistérios pagãos. Em suas epístolas, Paulo escreveu contra as divergências geradas por este espírito partidário. Barnabé foi contra esta hostilidade às idéias de Paulo e deu-lhe uma irrestrita amizade e cooperação. Em” Isis sem Véu”,helena Blavastky diz que Paulo, em seus ensinamento das epístolas, usava expressões das iniciações pagãs gregas , consideradas heréticas pelos judeus da linha de Pedro.
   Hoje ainda pouco conhecemos a respeito da vida de Jesus e muitos continuam a ser os questionamentos a respeito. Os principais são estes: a data de Seu nascimento; Sobre a traição de Judas. Desde a descoberta dos manuscritos egípcios, ninguém sabe se foi um traidor ou um herói ;Fala-se muito se Jesus seria ou não um homem casado. Alega-se que só os homens casados, pelos hábitos da Palestina, eram chamados de Rabi e ouvidos na sinagoga com o respeito com que Jesus era ouvido; O modo de execução de Jesus alguns alegam que teria sido apedrejamento; Quanto a sua mãe Maria ter sido ou não enterrada em Éfeso.

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