segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Os 7 Temperamentos do Homem


Temos na verdade três raios básicos Azul, amarelo e vermelho, que correspondem em energia à Vontade, a Sabedoria e o Amor respectivamente. Que corresponderiam também as 3 qualidades da matéria chamadas de Gunas (Tamas,Satwa e Rajas) e ainda as energias materiais de Inércia, Ritmo e Atividade.
 
 
    Eles agem em cada um de nós misturados da seguinte maneira: com um aspecto dominante, um secundário e outro terciário. Toda mônada tem então três consciências que variam em sete combinações. Então em nosso corpo superior eles agiriam assim determinando a nota chave do nosso raio monádico.V: Vontade- S: Sabedoria- A: Amor.

1_ V.S. A.---------- 2_ V. A. S------------3_S. V .A.----------
4_ A .V. S. ---------------5_A. S. V. ----------6_S. A. V.
 ------------7_V. S. A. (neste ultimo todos são dominantes.)

Na matéria eles se manifestariam assim, com inércia, ritmo e atividade:

1_I. R. A. ---------2_I. A. R. -------------3_R. I. A.----------
4_R. A. I-------------------5_A. R. I. -----------6_A. I. R.
-------------7_I. R. A. (neste último todos dominantes)       Nas Gunas, Tamas sempre corresponderá à Vontade, Satwa à Sabedoria e Rajas ao amor.

    No corpos superiores o aspecto Vontade está aderido ao átomo permanente Átmico do indivíduo.O aspecto Sabedoria está aderido ao átomo permanente Búdico.O aspecto Amor Atividade está aderido ao átomo permanente de Manas.Durante todo o processo evolutivo do indivíduo seu raio monádico ou egoico  permanece o mesmo.Porém, como temos que desenvolver todos os raios,em cada encarnação nossa desenvolvemos um dos sete raios, a este raio, desenvolvido em uma encarnação, damos o nome de raio encarnatório.Estes raios encarnatórios sendo trabalhados por cada indivíduo de maneira diferente, resultará em indivíduos absolutamente diversos,  de uma diversidade incontável, embora pertençam a apenas 7 temperamentos básicos.

Testemunhos dados por Jesus


   Cada uma de nossas civilizações contou com um mensageiro divino que são marcos das expansões de consciências que deverão ser experienciadas pela humanidade. Assim tivemos Krishna, Buda, Hermes, Zoroastro e outros.
   Fazem mais de dois mil anos que um iluminado se manifestou e em torno deste centro dinâmico de luz espiritual, tem gravitado o nosso mundo ocidental.
   Jesus veio dar testemunho da existência da nossa força interna que traz o nosso modelo de perfeição individual, o arquétipo de cada um de nós ao qual chamamos de Força crística ou Cristo interno.  Em outras palavras, todo sabe que possuímos uma força que nos conduz através de vivências, até a realização do papel individual designado para cada um de nós.
   Jesus veio dar testemunho desta força crística interna velada pela nossa forma.
  Cada iluminado tem uma maneira específica de transmitir seus ensinamentos. Jesus o fez como se estivesse teatralizando através da sua própria vida, a etapa para se chegar à plenitude desta força interna.
   Os arquivos esotéricos nos contam que na Antiguidade, o título de Cristus era atribuído a um iniciado dos grandes templos do Egito que houvesse externado plenamente esta força, o seu papel individual. Jesus recebeu este título, por isso entendemos porque este iluminado foi escolhido para dar testemunho dela.
   Falaremos hoje sobre os três primeiros testemunhos dados e vivenciados por Jesus e que seria então alertas para as etapas que nós necessitamos viver. É ele o momento de seu Nascimento, do seu Batismo e o de sua Transfiguração.
NASCIMENTO- No Nascimento, Jesus dá testemunho do nosso Cristo Interno Criança, quando vai começar o preparo dos seus corpos inferiores. Este é o momento de alerta para em criança sermos bem preparados por nossos pais e depois na adolescência até a maturidade, nós mesmos nos prepararmos para servir nossos companheiros de evolução, plano de servir que Ele próprio exemplificou como sendo a sua meta.
 
 
A força interna que veio exemplificar abrange todos os seres viventes.  Sejam minérios, vegetais, animais ou humanos para que todos indistintamente cheguem ao seu modelo de perfeição. Assim, na caverna, formação calcária muito comum na Palestina, em que Jesus manifestou o Cristo Criança, mostra toda a abrangência desta força. Lá estão as pedras da caverna simbolizando o reino mineral; o feno representando o reino vegetal; o boi e os carneiros representando os animais e o reino humano representado por José e Maria.
   Os iniciados sempre notaram que a vinda de todo grande iluminado é anunciada por um sinal. Sinal este a que não era dada muita relevância por muitos , mas que era intuído e entendido pelos iniciados como o indicativo para a chegada de uma revelação divina.Uma vez que  os membros dos grande templos iniciáticos contavam com uma consciência muito sensível e , pelos ensinamentos espirituais recebidos.
No Nascimento, três iniciados conhecidos na Cristandade por reis magos aparecem com relevância. Vejamos se podemos dar uma consistência histórica a estes personagens.
A região da Palestina era na época em termos de cultura, sem expressão alguma. Porém, existiam grandes centros culturais espalhados na Pérsia, Etiópia e Egito, de onde a tradição nos diz terem origem os nossos personagens. Esses centros culturais eram chamados Templos ou Escolas de Mistérios iniciáticos, pois juntavam à cultura também uma preparação no campo esotérico, iniciativo. Neles, se estudava matérias como geometria, matemática, filosofia e astronomia. Muitos homens passavam suas vidas nestas terras à bem de estudarem, pois estamos falando de uma época em que escolas e faculdades inexistiam em quase todas as cidades. Assim tivemos o grande Pitágoras estudando durante 20 anos em um destas escolas do Egito. Sendo a educação assim tão rara, aqueles que a tinham eram respeitados e acatados. Os que estudavam a difícil matéria de astronomia, considerada até mágica, levando-se em conta o pouco recurso de aparelhagem técnica para estudá-la, eram então chamados de magos.
   Os três reis magos bem poderiam ser estudiosos de astronomia e astrologia, guiando-se em seus caminhos nos desertos, pelas estrelas, como era costume. Estranhamos o fato de virem de tão longe para adorarem uma criança. Vemos nisso uma lenda, uma fantasia, mas esquecemos de que a espera da vinda de Messias, que trariam reformas à humanidade, era muito comum na tradição dos povos antigos. Naturalmente que a vinda de um Messias dentro daqueles templos escolas iniciáticos trazia referências, indicadores, que uma vez estudados poderiam ter se enquadrado ao menino que nascia naquela família humilde da Galileia. A adoração a um menino distante é perfeitamente compreensível para as tradições da época. Se fizermos um paralelo à tradição budista, sabemos que a vinda de um novo Bodhisatwa, conduz, ainda hoje,  budistas à localidades distantes do nascimento destes grandes seres, através de sinais indicadores.
   Quando os 3 magos encontraram o menino, traziam em mãos 3 presentes. Entender a simbologia destes presentes é enriquecedor para nós neste natal. Para os povos antigos, tão ligados à natureza, as plantas, os metais ,as resinas, simbolizavam sentimentos humanos. O ouro significava todo o esforço que um homem faz para sobreviver. Em resumo ,a nossa energia física. O incenso é resultante da queima de uma planta aromática que volatizando-se sobe aos céus. Hoje chamamos incenso à qualquer queima cheirosa , mas o incenso ,na verdade era uma  planta muito comum na zona do Mediterrâneo. Representava aos antigos as nossas energias emocionais que ao espalhar seu perfume beneficiava a todos. A mirra é uma goma resinosa , amarga, usada para mirrar, encolher materiais. Significava o encolhimento de todas as amarguras de nossos pensamentos, para que possamos crescer espiritualmente. Enfim, nossa energia mental purificada. Assim podemos imaginar que os três sábios iniciados ofereciam a quem acreditavam fosse o Messias da época, como oferenda, como presentes, o melhor de si: Seus corpos físico, emocional e mental purificados ,os colocando a serviço do Messias criança.

Cena do filme "Jesus, a História do Nascimento".
 
Contudo, o que os 3 iniciados viram como sinal no céu e que chamamos de “Estrela de Belém” é um mistério ainda devido a incerteza, dentro da pesquisa histórica ,quanto ao ano e data do nascimento de Jesus. Então, se tem procurado as conjunções de estrelas que aconteceram em sua época. Várias hipóteses foram levantadas até de que seria o planeta Halley que apareceu 11 anos antes do ano 1 cristão. Também, de uma conjunção de Júpiter, Saturno e Marte acontecendo seis anos antes. Então nada se sabe na verdade. O único fato  sabido é que 3 iniciados sairam de suas escolas seguindo um brilho anormal nos céu para irem em busca do messias prometido que estava nascendo. Porém, o que veio a vigorar como data fixa foi a visão mítica de seu nascimento. As escolas iniciáticas identificavam os grandes iluminados que representavam a 2º pessoa da Trindade, o Filho, o Verbo manifestado, com o sol, os chamavam de “ Sol Invictus” ( assim era chamado Jesus)  No hemisfério norte onde nasceram grandes heróis da espiritualidade como Mitra, Horus, Hércules, o dia da sua manifestação na matéria física era então simbolicamente relacionado ao surgimento do sol no ano. ,Isto é, no auge do solstício de inverno : À meia noite do dia 24 de dezembro.Nesta data, no céu aparecia o signo de Virgem, enquanto Virgo aparecia no horizonte, a estrela Sirio e o brilho de Orion estavam por perto.
   Também os povos pagãos celtas, para homenagear o seu deus solar Beltame, acendiam fogueiras nos Solstícios de inverno. Assim agiam outros pagãos adoradores do deus Sol.  Em 337 o papa Julio I datou oficialmente pela Igreja o dia 25 de dezembro como data do nascimento do Cristo. Aliás, esta foi a forma, o costume que a Igreja estabeleceu quando se estruturou. : Punha seus locais de cultos sobre locais de ritos pagãos e suas datas santas nos mesmos dias dos ritos sagrados dos pagãos. Ninguém sabe explicar isto, mas o fato é que deu certo, foi uma forma de acabar com o Paganismo.
Falemos agora sobre o segundo testemunho dado por Jesus: O BATISMO.
   Mesmo sendo um ser já livre de erros, emocionais e mentais, Jesus se sujeitou a um ritual de purificação. Matheus diz em seu evangelho que João Batista não queria batizá-lo (naturalmente percebendo que ele não necessitava de purificação ou que ele próprio não fosse digno de batizá-lo.), mas que Jesus fez questão de cumprir o simbolismo religioso. Adaptou-se ao requisito do ritual de purificação na água, conforme era o uso da época.
 
 
   O valor sagrado da água foi aceito por muitos povos da Antiguidade. Desde os tempos mitológicos, bem anteriores a Jesus, nos diz Homero que Tétis, a mãe de Aquiles, já o mergulhou numa fonte sagrada para torná-lo invulnerável a todos os males. O batismo pela água simboliza a consciência velha morrendo para depois renascer em outra purificada.
Após anos de preparo, Jesus, no batismo do Jordão, iniciou sua missão de servir como instrutor da humanidade. Segundo algum ocultista é justamente no momento do batismo que João Batista reconhece em Jesus, seu primo, o Messias esperado e que Jesus deixa que seus corpos de expressão sirvam de intermediários para a força do Cristo Cósmico Maitreya, que sempre estará com ele, Jesus, durante todo o seu trabalho itinerante de instrutor.
   Após o batismo, o viver de Jesus foi um doar-se inteiramente à sua missão. Sua instrução versando sempre sobre o amor e o compartilhar. No natal, comemora-se o compartilhar com os seus 12 discípulos , na ceia natalina, quando ele distribui o pão entre todos.
A TRANSFIGURAÇÂO - Ela é o testemunho dado aos discípulos, onde mostra a unificação entre nosso corpo e o Cristo Interno a que podemos chegar. Naquele momento, Jesus expressa o Cristo Interno em toda a sua transcendente beleza e expressa a personalidade humana transfigurada, liberta das limitações da forma, em sua faceta de beleza. No evangelho de Matheus, este relata: “O Seu rosto resplandeceu como o sol e suas vestes tornaram-se tão brancas como a luz”.
 
 
   No Bagavad Gitã indiano (A Canção do Senhor), Arjuna, discípulo de Krishna, pede para ver a face divina de Krishna.  Krishna deu-se então a conhecer e diz então Arjuna: “Se mil sois ao mesmo tempo brilhassem no firmamento, a luz deles haveria de empalidecer na presença da glória que aquele semblante irradiava em todas as direções”.
Na transfiguração,  Jesus dá o testemunho, como sempre através de sua própria vida, de que em nosso íntimo somos todos belos e perfeitos ,e também quando diz:” Tudo o que eu faço vós também podeis fazê-lo.”
A transfiguração é enfim a teatralização feita por Jesus para mostrar que aos termos dominados instintos emoções e pensamento, como ele o fez, nenhuma destas consciências inferiores serão mais obstáculos a expressão dessa nossa beleza interna.
Na transfiguração, os discípulos que já viam  em Jesus um mestre excepcional, viram ali  que uma força divina o conduzia.
Tendo Jesus dado testemunho do NASCIMENTO, quando o verbo divino se fez carne.Dado depois o testemunho do BATISMO ,simbolismo da necessidade de purificarmos nossos corpos de expressão e dado também aquele em que mostra a nossa beleza interna ,A TRANSFIGURAÇÃO ,mostrou assim Jesus o quanto estava capacitado à sua  missão de magnífico instrutor que foi.