quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O mito de Cronos deus do tempo

   Existem 3 momentos de nossa evolução – segundo a mitologia grega. Somos primeiramente filhos de Urano e Geia, que geraram filhos primitivos com fortes instintos selvagens. Já teríamos sido gigantes de um olho só, sátiros, centauros, faunos, enfim seres animalescos, sem consciência. O mundo em que vivíamos era inóspito, feio, sem cores, sem flores.

    Depois, Cronos, um destes filhos, revoltou-se por ver seu pai Urano fecundar incessantemente sua mãe fazendo nascer aqueles filhos horríveis, violentos.  Castrou-o então cortando com uma foice os seus testículos e o destronou.
    Abre-se então o segundo período evolutivo, este que agora estamos vivendo, em que somos filhos de Cronos, o deus do tempo. Do seu nome nos vem à palavra cronologia, marcação do tempo. Cronos que substituiu o pai organizou o mundo impondo nele o tempo que dá fim às coisas. O que isto passou a significar para nós? Que tudo, todas as coisas, teriam um momento para começar e outro para terminar. As fases más terminariam e também as boas terminariam. Teríamos então uma lei de ciclos, como etapas em que se divide o tempo. Necessitaremos então observar quando um ciclo já se fechou para não ficarmos presos a ciclos passados Poderá nos acontecer que um ciclo cármico como de um relacionamento afetivo, profissional etc já tenha terminado e nós, erradamente, ainda estarmos presos a ele. Estaríamos então remando contra as ondas do tempo instituído por Cronos. Observamos muito isso em relação aos ciclos familiares. Para muitos pais há o momento em que os filhos enchem a casa com risos infantis, mais tarde com suas festas de adolescentes.  Eles se sentem úteis, imprescindíveis. Depois entram em outro ciclo. Os filhos tomando seus próprios rumos. Muitos pais não conseguem se adaptar a esta nova etapa que lhe é apresentada. Sofrem, não admitindo que o tempo tenha passado e introduzido outro ciclo diferente.
    Muitas vezes deixam assim de perceber muita beleza e felicidade que o novo ciclo lhes poderia trazer.
    O mundo, neste segundo período em que estamos fazendo nossa evolução, é lindo, cheio de flores e cores. O mito explica que  o último sêmen do antigo deus Urano  que foi castrado por Cronos , caiu no mar e dele nasceu Venus a deusa da beleza. Então Venus se revolta ,o mar se agita, causa maremotos quando o homem desrespeita a natureza com bombas guerras, tornando o solo árido e devastado.

A figura de Cronos é esta: O pai que engole seus filhos.  O mito profetiza, porém para nós um terceiro período em nossa escalada para evoluir, quando Cronos será também destronado por um de seus filhos de nome Zeus.  Zeus representa a espiritualidade, a nossa luz interna, a força divina dentro de nós, que um dia viveremos plenamente.
    Como Zeus esse filho de Cronos conseguiu salvar-se de não ser engolido pelo pai? Diz o mito que foi pela força da compaixão de Réa, esposa de Cronos. Réa vê com compaixão os corpos de seus filhos irem se desgastando por doenças, os vê morrerem e as coisas que começaram ficarem inacabadas. Então, quando nasceu Zeus, ela enrolou uma pedra num chalé bem grosso e entregou a Zeus simulando que fosse um bebê. Ele, iludido, pensando que fosse um de seus filhos, engoliu rapidamente aquela pedra. Enquanto isto Réa escondeu Zeus numa caverna. Para um esotérico a caverna simboliza o nosso coração onde se esconde Zeus, a luz da nossa espiritualidade. Só ficaremos estão livres do desgaste corporal e do ciclo do tempo que causa a morte, quando atingirmos esta luz espiritual O mito ainda nos diz que o caminho de escapar ao ciclo do tempo e a Cronos que engole seus filhos,será apenas através da compaixão.   

Ter Fé

Alguém perguntou-me : O que é ter fé?       

Aqui respondo:

Ter fé é saber que no mais íntimo de teu ser és puro e dotado, quando  te acreditarem impuro e incapaz.
Ter fé é contar com um bem espiritual reserva que te equilibrará nas horas em que outros bens te escaparem.
Ter fé é crer num universo conduzido por leis perfeitas, que atuam por trás dos bastidores do mundo, quando em seu palco tudo te parecer confuso e desarmônico.
Ter fé é transcender a raciocínios que te evidenciam fracassos, sentir dentro de ti uma força que não deixa esmorecer tua esperança.
Ter fé é contagiar outros com a emanação do teu entusiasmo.
Ter fé é confiar num alvo de pureza, num plano de perfeição que será, por fim, cumprido por cada homem, porque:
Ter fé é ser capaz de alçar voo além das circunstâncias humanas.
Ter fé é já ser livre em pensamento.